sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Alunos da T6-Confecção de camisetas alusivas a semana farroupilha e ao poeta Oliveira Silveira

PELO ESCURO


(fragmentos)

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Sou a palavra cacimba

prá sede de todo mundo

e tenho assim minha alma

água limpa e céu no fundo.

Meu canto é faca de charque

voltada contra o feitor

dizendo que minha carne

não é de nenhum senhor.



Sou quicumbi e moçambique

no compasso do tambor.

Sou um toque de batuque

em casa de gege-nagô.



Sou a bombacha de santo,

sou o churrasco de Ogum.

Entre os filhos desta terra

naturalmente sou um.

(...)



No sul o negro charqueou

lavrou

carreteou

no sul o negro remou

teceu